1. Você acha que filosofia do direito deveria ser uma disciplina obrigatória? Justifique.

Acredito que a filosofia do direito deve ser uma disciplina obrigatória. A filosofia enquanto campo do saber responsável pela criação de conceitos, como pensada por Deleuze e Guattari, é de grande valor não só para o direito, como para qualquer tipo de conhecimento. A fabricação de conceitos ajuda no processo de mapeamento e cartografia do conhecimento, de forma a delimitar melhor os territórios aonde estão inseridos os objetos do discurso, assim como jogar luz sobre as conexões que são constantemente produzidas e reproduzidas no rizoma do conhecimento jurídico.

2. Que autores ligados à filosofia do direito atraíram sua atenção ao longo do curso?

Hans Kelsen e Luís Alberto Warat.

3. Você se considera um jusnaturalista?

Não. Não acredito ser possível definir um conceito de natureza universalmente válido e acredito menos ainda na possibilidade de derivar normas morais ou sociais de um tal conceito. O direito é oriundo de normas sociais e linguísticas contingentemente determinadas por conjuntos sociais, mas não existe nele nenhuma instância transcendente, fora da atividade mundana.

4. O que você gostaria de aprender nesta disciplina?

Gostaria de adquirir uma melhor perspectiva histórica da evolução dos conceitos jurídicos e pensar modelos de concepção do direito que escapem à naturalização e à hipóstase desse aparato socio-linguístico.